sexta-feira, 19 de março de 2010

Aperitivo: Turismo Esportivo em BsAs (Capital Federal e adjacências)

Li esse artigo na Folha de SP, a qual temos assinatura desde sempre.

Busquei o artigo na Internet para compartilhar com os senhores e intitulo ele como um catalisador e um "aperitivo"
para aqueles que desejarem praticar o "Turismo Esportivo de Clubes e Instalações Esportivas de Futebol em Buenos Aires (Capital Federal e adjacências".

Eu mesmo já pratiquei por lá, mas me faltam ainda alguns estádios, ginásios e clubes, prefiro colocar esta experiência em outra oportunidade. Já visitei 3 vezes a capital federal da Argentina e nao consegui cobrir tudo, gosto de conhecer de verdade as cidades, sua gente, sua cultura e levar o que de bom ela tiver comigo.

O artigo integra a reportagem da Folha Turismo:"Seis Jovens argentinos desvelam Buenos Aires". Para ler essa reportagem, clique aqui e aqui.

O Blog do autor do artigo é muito interessante e para quem gosta de futebol e curte ler sobre outras perspectivas que o futebol acarreta na sociedade. Clique aqui. Tem um vídeo com o autor sobre "El deporte de informar", aqui. Creio que o vídeo explica o jeito dele de ser jornalista e sociólogo renomado falando de futebol. No vídeo ele dá uma pitaco na famosa empresa TyC da Argentina que perdeu o monopólio do futebol na TV, aonde a presidente Kirchner decretou que o esporte fosse levado ao povo abertamente.

Agora "che", te passo uma dica quente de quem conhece Buenos Aires bem. Quer fazer esse roteiro? Use o transporte público da cidade: trem, metrô, ônibus, táxi ou então alugue um carro. Porque com certeza, você vai conhecer rincões da cidade que nenhum turista tradicional vai conhecer além do Obelisco, Casa Rosada, Congresso, Recoleta,... você vai conhecer de fato a região e personagens incríveis.

☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ TURISMO ESPORTIVO: BUENOS AIRES ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆

Passeio deixa entrever paixão pelo futebol SERGIO LEVINSKY ESPECIAL PARA A FOLHA

Quando os "barras bravas" (torcedores fanáticos) do time de futebol Boca Juniors, conhecidos como "La 12" (por se enxergarem como o jogador nº 12 do time), tiveram a ideia de organizar um tour oficial - que chamaram de "Pura Adrenalina"- para torcidas estrangeiras ou de outras Províncias argentinas, eles foram originais, mas não inteiramente.

Há anos já são promovidos passeios por Buenos Aires para que os participantes possam percorrer a cidade e respirar por cada um de seus poros a paixão profunda que desperta o futebol. Cerca de 40 estádios - alguns enormes, outros médios, mas quase todos com capacidade para mais de 10 mil espectadores - e times das primeiras três divisões das competições oficiais dão a medida do orgulho de jogar em casa, encerrando arquiteturas diversas e culturas distintas.

Partindo do centro turístico (pela av. Corrientes), convém dirigir-se ao sudeste, e em 25 minutos chega-se ao bairro de La Boca, tipicamente napolitano e genovês, com casas multicoloridas.

La Boca é um lugar que alguns chamam simplesmente de "A República de la Boca". Ela possui a particularidade rara de ter dado origem aos dois maiores clubes da Argentina, e os que possuem as maiores torcidas: o Boca Juniors e o River Plate.

O River nasceu antes (em 1901), mas terminou mudando-se para uma área mais rica ao norte, Núñez, mas que ainda assim margeia o rio, a uns 45 minutos de viagem. Mesmo assim, restou um dos grandes monumentos dos portenhos, a "Bombonera", também chamada de estádio "Camilo Cichero", com capacidade para 60.245 espectadores. Dizem que há poucas chances de ver um espetáculo comparável ao do estádio do Boca lotado. Tanto que há quem diga que quando ele se move, não treme, "pulsa".

Perto da "Bombonera", a apenas 15 minutos de distância, encontraremos em outro bairro portenho tradicional, Parque de los Patrícios, um estádio formoso como o é, sem dúvida, o palácio Tomás A. Ducó (48.314 espectadores), pertencente ao Huracán, o lugar onde foram rodadas cenas de "O Segredo dos Seus Olhos", que recém recebeu o Oscar de melhor filme estrangeiro de 2010.

Embora não sejam estritamente em Buenos Aires, não se pode deixar de mencionar o fenômeno do fato de dois estádios gigantes estarem separados por apenas uma rua. Eles são nada mais, nada menos que Racing Club e Independiente, dois dos clubes que têm as maiores torcidas e que pertencem a Avellaneda, na Grande Buenos Aires, separada da capital apenas por uma ponte situada a dez minutos do estádio do Boca, embora em outra jurisdição.

O Racing tem o estádio "El Cilindro" que, com o tempo, foi reduzido dos 100 mil espectadores que abrigava no passado para os 64.161 de hoje, e cujo nome real é Juan Domingo Perón, enquanto o Independiente reconstruiu seu velho estádio (o primeiro de cimento no país), para terminar de erguer no mesmo lugar outro chamado Libertadores de América, para 50 mil pessoas. Na inauguração, em 2009, os torcedores do Racing colocaram na entrada da cidade cartaz irônico que dizia "Bem-vindos ao estádio único de Avellaneda".

SERGIO LEVINSKY, jornalista e sociólogo, é autor do livro "Maradona, Rebelde con Causa" (1996).

Tradução de Clara Allain

Fonte: Folha Turismo de 18/03/2010, aqui (Folha On Line) ou aqui (Folha Digital Pages)

Nenhum comentário:

Postar um comentário